quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

A caminho das 10.000 horas

Vamos dizer que até hoje já treinei 2.000 horas. Jogando 4 horas semanais, precisarei de mais 38 anos para completar as 10.000 horas. Preciso acelerar o processo.

Às vezes tenho umas ideias para melhorar o FH ou BH e não tenho onde testá-las. Poderia usar um paredão mas as opções em São Paulo são escassas. Na academia, no prédio onde resido e em parques públicos da região não existe um lugar adequado para isso.

Tenho usado uma bola infantil de esponja para treinar dentro de casa. É um passatempo fantástico mas minha esposa fica louca. Além disso, descobri que os golpes treinados nesse tipo de bolinha não ficam parecidos usando a bolinha oficial.


Outra ideia que preciso por em prática é filmar meus golpes e analisar o que é preciso ser feito. Hoje em dia, com a popularização das câmeras está bem fácil, até com recurso de slow motion.

terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Atualização de fim de ano

Como tenho jogado melhor com a Pure Drive, especialmente por causa do FH, preciso achar um jeito de bater o BH topspin com mais consistência com ela. A testar: empunhadura mais curta (apenas um ou dois centímetros acima da extremidade) e preparação com a cabeça da raquete mais alta, estilo Gasquet - pelo menos meia cabeça (da raquete) acima da cabeça (a minha).

                                      

Ainda penso em dar uma chance para a Prostaff - quem sabe ainda não dou um jeito no FH. O segundo serviço, com ela, consigo colocar com facilidade. E o BH topspin continua sendo o melhor.

Acabei de assistir um video antigo Federer x Michael Chang (AO 2002). O Federer devolveu várias vezes o serviço com BH slice na paralela, tanto no Ad como no Deuce, subindo à rede em seguida. É uma jogada que quero desenvolver. Como complemento, preciso melhorar na rede, especialmente o smash.
                                                         
                                                 


segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Customização da Yonex DR98

Esse post é curto.

 Aumentei o peso com fitas de chumbo de um grama às 3 e 9 horas (ela já tinha dois gramas nestas posições, além de dois gramas às 12 horas), de modo que o equilíbrio ficou em cerca de 32 cm (cabeça mais leve do que a Pure Drive, porém mais pesada que a Prostaff e a Six.One).

A sensação é que a raquete continua não dando bom contato com a bola e agora estou batendo mais atrasado por causa do peso estático mais alto.


                                            Esta é a DR98. Não consigo jogar com ela.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Como se tornar um matador de gigantes (primeiro, fuja do chinelo).


Para tentar ganhar de oponentes mais fortes, eu não posso jogar com as mesmas armas e estratégias que emprego com adversários do mesmo nível ou mais fracos. Normalmente vou perder, mas, se quiser ter alguma chance, devo usar principalmente a cabeça.

Antes de tudo, conhecer a si mesmo. Depois, o adversário. Aí, aplicar seus pontos fortes para atacar os fracos dele. Simples. Um problema é desenvolver um golpe que realmente pressione; outro é descobrir uma fraqueza que nem sempre é aparente. Além disso, esta fraqueza deve ser relevante para levar a uma real vantagem.

O que não devo nunca fazer é bater de frente e ficar medindo força. Se ficar marretando o FH acabo perdendo. Posso investir mais em colocação de bolas (mais profundas ou anguladas), variação de spin e toques de habilidade na rede. Há um longo caminho a percorrer, não tenho esse repertório hoje.

É possível ganhar de um adversário fisicamente mais forte e com golpes melhores? Difícil, mas parece possível, a julgar pelo que já experienciei. Cheguei a abrir 4/1 em cima de um jogador bem mais experiente e agressivo, aplicando ideias do Brad Gilbert (acabei levando uma virada, depois que o cara engrenou) - não sacar primeiro, ser conservador no início do jogo, não dar pontos de graça, testar pontos fracos. Ele não gostou muito do meu slice.

Mas tenho certeza de que já ganhei de caras que se acharam "gigantes" ao me encontrar, crendo que teriam um jogo fácil comigo, um tenista pequeno, magro e com golpes nada impressionantes. Quando estou num bom dia, viro uma barata cascuda difícil de matar na base da chinelada.

                                                            Mais ou menos assim

quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Meu malvado favorito II

Mr. Fugu, um cara grande e adiposo (1,80 m e pelo menos 130 kg), com golpes venenosos, cheios de spin.

Joguei apenas uma partida contra ele, num campeonato, perdendo em dois sets diretos (6/3 - 6/2). Foi uma partida rápida e inesquecível. Já descrevi o que senti ao entrar em quadra e vê-lo me esperando em post anterior.

No aquecimento, ele parecia displicente e confiante. Tinha bom controle de bola mas não mostrou nenhum golpe que impressionasse.

Começando a partida, aí sim, o estilo muito próprio de Mr. Fugu se revelou. O saque era estranho, tipo "waiter tray" , que saía com underspin e uma velocidade razoável. O FH não tinha um padrão, variando de chapado a balão com topspin (este utilizado quando estava pressionado, fora de posição). E no backhand, um slice mais chato que o meu.

Foi aí que me dei conta, como nunca antes, que tenho dificuldade de controlar bolas com underspin que quicam baixo. Se tentava exagerar a aceleração vertical da cabeça da raquete de baixo para cima, a bola ficava na rede ou subia demais, facilitando a vida de Mr. Fugu.

 No segundo set tentei forçar o BH dele com bolas altas para evitar o slice e comecei a ter algum resultado. Então fiquei exposto a um segundo ponto fraco: não tenho um golpe matador para bolas que sobram altas perto da rede. Tendo a ser conservador demais e acabo levando contra ataque.

Na metade do segundo set aconteceu algo que não é usual para mim. Fiquei sem paciência, depois de errar muito além do aceitável e já estava pensando em ir embora. Mr. Fugu estava destruindo também a parte mental.

Voltei na outra semana, só para assistir ao jogo seguinte dele. Mr. Fugu perdeu para o campeão do torneio, um rapaz bem atlético e com bons fundamentos em todos golpes. O que percebi é que este oponente, ao receber o slice baixo, não tentava atacar ou mudar o spin de modo agressivo, ele parecia empurrar a bola com um topspin suave, de baixo para cima, levantando-a.


   Estarei mais preparado na próxima.

terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Meu malvado favorito I

Leo, o canhoto veloz e consistente.

Acho que jogamos cerca de 15 sets ao longo de um e meio ou dois anos, lá no clube de campo. Eu devo ter ganho só uns dois sets. Suas armas já foram citadas.

Leo é canhoto mas não se desenvolveu a ponto de tirar vantagem desta peculiaridade. Ele não tem por exemplo o saque bem aberto do lado da vantagem e não usa muito o spin, que sai "ao contrário" do destro.

Minha frustração com ele não é apenas porque perdi todos os jogos (na verdade empatamos da última vez e não concluímos a partida), mas é que todos os sets foram muito disputados. 6/4, 7/5, tie break, nunca 6/1 ou 6/0. E muitas vezes eu estava comandando pontos importantes e ele contava com a sorte (existe isso? :-)).

Depois da última derrota, fiquei meditando e revendo pontos mentalmente e tive uma revelação: na verdade, o lado forte dele é o BH (que ele bate com duas mãos), isto é, seu lado direito. É deste lado que ele consegue winners de devolução, por exemplo. Nunca acontece no FH, que é mais defensivo.
Para ganhar dele eu devo jogar como se ele fosse destro, isto é, forçar o lado esquerdo dele e não o contrário, como tenho feito.

Mas como já contei, ele anda sumido - nem jogou o último torneio do clube. Com medo? :-)

Ainda não tive oportunidade de testar minha hipótese.


Se...

Qual é a importância do tênis hoje na minha vida?

É um esporte que aprecio e atualmente ocupa boa parte do meu tempo livre.

Passo bastante tempo pensando nele e, com o blog, ainda mais.

E se tivesse de, por algum motivo, parar de jogar?

Eu sei a resposta: não iria sofrer muito nem por muito tempo.

Os meses que passei sem jogar por causa das costas passaram sem maiores sufocos. Acho que me adaptaria bem. Na vida, nos acostumamos a muita coisa. Para o bem e para o mal.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Condicionamento físico e lesões

Não faço um preparo físico específico para o tênis. Ultimamente tenho feito um pouco de musculação geral, com pouca carga, e uma parte aeróbica (esteira ou bicicleta).

Durante a faculdade eu costumava fazer corridas de longa distância (5 a 10 km) e aprendi com o técnico da equipe alguma coisa sobre estratégias de preparo (periodização) e treinos específicos de reforço muscular e coordenação. Mas esse conhecimento pouco se aplica agora. O esforço no tênis é mais de explosão, com corridas curtas. E no final, conta muito é habilidade, estratégia e a parte mental/emocional.

Nos últimos anos não tenho sofrido com contusões, mas às vezes sinto desconforto na região lombar baixa. Aprendi uns exercícios na fisioterapia e tenho feito em casa (ponte, prancha, alongamentos).

Um sinal físico de que ainda não tenho horas de tênis o bastante é que meus braços ainda são muito simétricos...

Esse é canhoto!

sábado, 10 de dezembro de 2016

Temporada 2017

Nos últimos anos tenho seguido um mesmo roteiro: aula durante a semana, jogos informais nos finais de semana e dois torneios anuais (o da academia  no primeiro semestre e o do clube de campo no segundo). Provavelmente manterei este esquema em 2017.

O que acredito que poderia me ajudar a evoluir seria jogar o "ranking" da academia. São jogos semanais com oponentes variados, em melhor de 3 sets (o último, um tie breaker de 10 pontos).
Os colegas que jogam tiveram uma evolução visível. Outra vantagem é que é um meio relativamente barato de ter mais horas de quadra.

Falando em verbas, houve um tempo em que frequentei as quadras do parque Villa Lobos, que são públicas e até que bem cuidadas. O problema é que elas são cheias e, como em qualquer lugar, tem umas panelinhas que se acham donas do pedaço. Mas também tive jogos agradáveis com outros frequentadores esporádicos.

Jogar torneios tem certa graça para mim, é como se eu experimentasse um pouco a sensação de ser um "touring pro". O problema é que fico nervoso antes das partidas, mesmo sabendo que não valem nada. Tenho me controlado melhor nos últimos tempos.

Uma coisa óbvia : nunca julgue seu oponente pela aparência. É óbvio mas difícil na prática. Num dos torneio, ao chegar na quadra, vi o adversário e minha primeira reação, medular, foi pensar que a partida seria fácil - o cara era bem gordo e meio velho. Mas depois raciocinei: se ele chegou até aqui, é porque tem alguma habilidade que impede os oponentes de explorar a  sua clara falta de mobilidade. Dito e feito, perdi em sets diretos - ele era bem habilidoso e usava slices agressivos para comandar os pontos. Quando acuado, ele dava uns balões cheios de topspin, para dar tempo de se reposicionar.


Cuidado com o veneno.


sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

Quer sacar primeiro?



Não, obrigado!

Brad Gilbert, no livro "Winning Ugly", recomenda que, sempre que possível, você deixe seu oponente começar a partida sacando. Há certa lógica (ele cita 6 motivos).

Um dito popular é "you are as good as your second serve". Mas tanto o primeiro quanto o segundo são importantes e o saque é o único golpe em que você está no controle, totalmente.

Porcentagem do primeiro serviço: idealmente cerca de 70% (ou mais ou menos 2 em 3). Se você está acertando mais que isso, pode estar sendo muito conservador.

O segundo serviço não pode ser muito vulnerável. Difícil... Eu tento sacar no lado mais fraco do oponente (geralmente o BH).

Tipos básicos:
- Flat (chapado), mais veloz;
- Kick, com topspin e que "salta" ao tocar a quadra;
- Slice, com sidespin - para o destro é o saque que sai aberto do lado dos iguais.

Meu check-list:

- Posição inicial de lado para quadra, mas não muito virado;
- Primeiro serviço: grip continental. Segundo, grip de BH;
- Pés não muito separados;
- Toss à frente do corpo, tentar esticar mais o braço (ainda não está bom);
- "Tapa" na bola, usando o punho voluntariamente - ainda a desenvolver.

 Meu saque chapado não costuma entrar. Nos campeonatos, tendo a sacar de modo semelhante tanto o primeiro quanto o segundo.

BH, esse mistério.

Alguns dizem que o BH (em particular o OHBH) é um golpe mais simples e natural do que o FH.
Dizem (e eu concordo) que é o golpe mais bonito do tênis.

Segundo um antigo professor, é só preparar a raquete para trás e bater na bola esticando o braço. Ele nem se dava ao trabalho de mudar a empunhadura (continental).

Mark Papas: o FH é como uma pistola disparando, enquanto o BH é mais arco-e-flecha.

O FH é sua arma de ataque e o BH, seu escudo.

Eu particularmente divido o BH em dois golpes muito distintos: o topspin e o slice.
Sempre tive dificuldade em usar o BH topspin por não conseguir bom controle, especialmente em bolas altas ou rápidas. Outro fator que limita até hoje o desenvolvimento deste golpe é que meu BH slice sempre foi bom, desde o início.

É um consolo ver que não estou só neste quesito. O maior exemplo foi a Steffi Graff, que batia praticamente só BH slice, um golpe consistente, veloz, rasante e que as adversárias pouco atacavam. O jogo dela não era só esse, claro. Apoiava-se também num dos melhores FH do circuito feminino e num condicionamento físico excepcional. No masculino atualmente lembro do Feliciano Lopez, espanhol canhoto.

BH topspin, o que incluo no check-list:
- Preparação com cabeça da raquete alta, atualmente testando um punho mais "armado" (desvio radial, aproximando mais a raquete do corpo);
- Backswing junto ao corpo, antebraço quase todo estendido no contato;
- O eixo do movimento é o ombro, que se eleva um pouco entre a preparação e a terminação.
- Usar uma raquete de cabeça leve ajuda.

BH slice:
- Preparação alta, atrás da cabeça
- Combinação de fatiar e movimentar para frente a cabeça da raquete, ligeiramente aberta.

O que aprendi sobre tênis no You Tube?


Boa parte do material publicado no You Tube é em inglês e depois de assistir a muitos videos de aulas e dicas, pelo menos aprendi um vocabulário que agora me permite entender bastante coisa pois os termos se repetem (até de modo cansativo) - unit turn, racquet head speed, open stance, footwork, backswing, lag and snap, pronation, trunk rotation, half volley, etc..

Fora isso, vi muitos videos dos profissionais, especialmente em câmera lenta. O FH do Nadal em câmera lenta parece mais rápido que o meu em velocidade normal.

Infelizmente não aproveitei muito em termos tenísticos, por motivos que já mencionei aqui.
Existem também ideias de difícil implementação, que exigiriam muito treino e um período longo de adaptação (possivelmente jogando pior) por levarem a uma alteração em cadeia no golpe a ser aprimorado. Por exemplo, se mudo minha empunhadura, o ponto de contato também se altera e o spin gerado também, o que leva a ter de criar mais (ou menos) velocidade horizontal.

Alguns canais apresentam um material gratuito e, se você se inscreve, eles acabam oferecendo o conteúdo pago "premium". Alguns cursos pagos parecem bons, a julgar pela propaganda que fazem, mas não a ponto de me convencer a comprá-los. Alguém aí já testou?

Canais que achei interessantes:

Daily Tennis Lesson : Brady, de Los Angeles, grava videos de curta duração com tópicos do tênis bem definidos. Explicações claras e objetivas em inglês fácil de entender.

Top Tennis Training : Alex e Simon, ingleses, dão aulas e apresentam filmagens de jogadores profissionais. Tem até um treino que fizeram junto com o Federer. Os videos são mais longos aqui.

Outros:

Essential Tennis : Ian Westermann, videos bem produzidos.
CTW Academy: Tom Avery,  um senhor simpático. Foi o primeiro a me dizer que a raquete deve ficar com face horizontal no backswing do FH, garantindo a verticalidade no contato.


quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

FH: apenas bata na bolinha. Com força

Consigo maior variedade de spin, melhor colocação e maior velocidade para pressionar o oponente com o FH. Não que ele seja bom. Apenas melhor que o BH.

Existe uma infinidade de variações no FH, desde a empunhadura até o tipo de terminação. Testei várias combinações, observando elementos que parecem "obrigatórios", isto é, que aparecem no movimento da maioria dos profissionais.

 O que funciona no meu FH:
- unit turn: preparação do golpe de lado, open stance ou neutro, pés não muito afastados;
- takeback: com a cabeça da raquete para cima, punho armado (i.e.: estendido, termo anatômico),  seguido de loop pequeno e raso;
- contato: à frente do corpo, antebraço apontando para frente ("elbow in");
- terminação: pocket to pocket ou no nível do ombro (não acima).

Não funciona para mim:
- forçar o giro do tronco: a rotação realmente ocorre mas me parece mais consequência do movimento do braço e não o contrário.
- cotovelo "armado" no takeback, estilo Pete Sampras
- Backswing grande, estilo WTA (vide foto) ou Soderling - piora o timing.

No final, o que conta é o movimento mais natural (que costuma ser também o mais eficaz) - e isso é instintivo, aprimorado com a prática. Sem muita filosofia.


A raquete perfeita



Não existe. Essa aí é a do Federer (experimentei e achei pesada demais).

Atualmente tenho jogado melhor com a Babolat Pure Drive, considerada pejorativamente por alguns uma "crutch racquet" - que dá uma vantagem quase indevida à jogadores medianos. Talvez seja verdade mas é preciso reconhecer que o fabricante fez um bom trabalho ao conseguir criar uma raquete tão fácil de usar e, por consequência, tão popular.

Gosto muito da Six.One quando jogo no ataque, mas com ela, atualmente, tenho dificuldade em pressionar oponentes que batem mais forte. Preciso estar constantemente bem posicionado e fazer o swing completo.

Seria muito bom se eu desenvolvesse um saque veloz, aliado a approachs agressivos e voleios, para encurtar os pontos e evitar trocas de bola no fundo. Poderia usar a Prostaff, imitando o Edberg, que tinha um FH considerado fraco para um profissional.



quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

Head Speed Pro Graphene e Yonex Ezone DR 98




Peso: 315 g
Equilíbrio: 31 cm 
Cabeça: 100 sq.in.
Padrão de encordoamento: 18 x 20





Peso: 310 g
Equilíbrio: 31 cm 
Cabeça: 98 sq.in.
Padrão de encordoamento: 16 x 19

Resolvi deixar as duas no mesmo post pois são as mais novas aquisições e ainda não tenho um veredito definitivo a respeito delas. As duas foram compradas já com base nas experiências passadas e achei que as especificações técnicas se encaixariam no meu jogo.
São raquetes de cabeça leve porém maiores (98 e 100 sq.in) que a Prostaff.
São raquetes mais pesadas que a BLX Surge, mas mais leves em relação às Six.One.
Mas não me adaptei à elas, especialmente para o FH. Parece que não dão um bom contato e a bola não anda.
Em relação à Yonex, eu já sei que é por ser uma raquete de pouca massa com cabeça leve demais (ao acrescentar chumbo às 3,9 e 12 horas na cabeça, o FH e outros golpes melhoraram).

A Speed Pro ainda é um mistério, alguns adoram a raquete. Eu não.

O pior é que eu paguei o preço "cheio" nas duas.





Wilson Six.One 95



Peso: 332 g
Equilíbrio: 30.5 cm/12 pts HL 
Cabeça: 95 sq.in.
Padrão de encordoamento: 18 x 20

As duas raquetes se parecem muito, mas a mais nova (foto de cima) é um pouco mais estável e fácil de usar. Aqui temos exemplos de raquetes exigentes: pesadas, cabeça pequena, trama fechada.
Comprei por terem alguns aspectos em comum com a ProStaff 6.0 (e por estarem em promoção na época) e até que me adaptei bem a elas...a princípio.

Pontos positivos:

Estáveis.
FH e BH topspin (se estou comandando o ponto, consigo bom controle e precisão).
BH slice, bem controlado.

Pontos negativos:

O peso dificulta a defesa e alguns golpes que precisam de maior aceleração/antecipação (como devolução de saque).
FH e BH topspin (se estou pressionado).

Joguei meus últimos torneios com a Six.One mais nova e tive alguns bons resultados. Mas à medida que encontro adversários mais fortes, ela se torna um fator limitante por precisar de mais tempo para armar os golpes. Saque: consigo sacar com consistência mas não com muita velocidade (diretamente ligado a, respectivamente, cabeça leve e peso da raquete).

Notas:

1) A Wilson não fabrica mais a linha Six.One, descontentando muitos fãs da raquete.

2) Só consigo utilizar com encordoamento de baixa tensão (limite inferior recomendado). Tenho utilizado uma multifilamento que dá mais conforto (Wilson Sensation - problema é que o encordoamento fica dançando).


terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Wilson Pro Staff 6.0 95



Peso: 315 g
Equilíbrio: 31,0 cm/9 pts HL 
Cabeça: 95 sq.in.
Padrão de encordoamento: 16 x 18


As especificações acima são aproximadas, não estão gravadas na raquete como as outras e não acho na internet.

 Um clássico, preta e de perfil "quadradinho", grip de couro, utilizada por Pete Sampras e Stefan Edberg (na verdade, a versão deles tinha cabeça ainda menor - 85 sq.in - e era mais pesada).

Achei esta raquete do meu primo um dia no sítio e resolvi experimentar de brincadeira ("que p....de raquete velha é essa?"). Uau! O FH saía meio estranho, mas o meu BH topspin nunca pareceu tão fácil! E o saque chapado neste dia também foi bem.
A partir daí é que passei a procurar raquetes com características semelhantes e fiquei convencido de que elas podem ser muito diferentes entre si, com influência direta sobre o jogo.

Depois, descobri que a cabeça bem leve fazia diferença no BH topspin e saque.

Pontos positivos:

BH topspin (o slice é razoável)
Voleios
Saque

Pontos negativos:

FH topspin

É uma raquete bem interessante, misturando características de controle (cabeça pequena e leve) com trama aberta e peso estático relativamente baixo para uma "player´s racquet".
Infelizmente não consigo jogar bem com ela por causa do FH - e ainda não entendo direito porquê. Tentei colocar fitas de chumbo às 3 e 9 horas na cabeça mas não funcionou.




Babolat Pure Drive GT





Peso: 300 g
Equilíbrio: 33,0 cm/4 pts HL 
Cabeça: 100 sq.in.
Padrão de encordoamento: 16 x 19


As especificações parecem muito com as da Wilson BLX. Mas o peso estático é maior nesta e há diferença também no perfil e flexibilidade (a Pure Drive é mais dura).
Jogando, elas são muito diferente. O FH com a Babolat anda bem mais (atualmente é a raquete que mais me ajuda deste lado), ela é muito mais estável e consigo usar um encordoamento mais duro.

Pontos positivos:

FH topspin. Dá um bom contato (parece que "amassa" a bola).
Estabilidade, mesmo com adversários que batem forte.

Pontos negativos:

Não consigo consistência no BH topspin (a cabeça deveria ser mais leve) e o BH slice às vezes flutua.
Saque irregular (difícil acelerar).

Coloquei uma pecinha de chumbo na extremidade do cabo para melhorar a manuseabilidade mas não parece ter funcionado. Ainda a tentar: trocar o encordoamento velho por um mais duro, para controlar o slice, e achar um jeito de sacar melhor com ela alterando um pouco a mecânica do movimento.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Wilson BLX Surge




Peso: 279 g
Equilíbrio: 33,0 cm/4 pts HL
Cabeça: 100 sq.in.
Padrão de encordoamento: 16 x 19

A primeira raquete que comprei ao voltar a praticar tênis, indicada pelo vendedor da loja.

Raquete leve (abaixo de 300 g) e fácil de manusear.
4 pts HL indicam que o ponto de equilíbrio é aproximadamente no meio da raquete, o que ajuda a aumentar a potência em uma raquete de pouca massa.
Cabeça de 100 sq.in é um tamanho generoso, fácil de achar o sweetspot e adequado para mim.
O padrão de encordoamento é mais aberto que fechado, o que, na teoria, também dá mais potência.

Pontos positivos:

FH (em troca de bolas de velocidade moderada) e o BH slice (consigo bater bem rasante e veloz).
Fácil de acelerar para sacar.

Pontos negativos:

Instável quando jogo com adversários de golpes potentes.
A bola não anda com encordoamento duro (tensão mais alta, copoly).
Por causa do baixo peso, é necessário acelerar esta raquete mais do que gostaria em alguns golpes.

Não tentei customizar. Talvez acrescentando peso às 3 e 9 horas na cabeça melhore a estabilidade, com algum contrapeso no cabo. Sendo raquete leve, há espaço para o chumbo.


domingo, 4 de dezembro de 2016

O problema das raquetes II



Havia um blog legal ("equipamentodetenis"), feito pelo dadozen, onde vi muita coisa interessante a respeito do peso, equilíbrio e customização das raquetes. Não encontro mais, talvez tenha sido apagado.

O que sei que devo fazer é conhecer bem meus pontos fortes e fracos, analisando como costumo ganhar os pontos e como gosto de jogar. A partir daí, escolher a raquete que melhor se encaixa no esquema de jogo.

O problema para escolher a melhor é que cada uma apresenta vantagens/desvantagens diferentes, algumas por exemplo favorecendo o FH mas dificultando o BH (no caso, a Pure Drive) e outras funcionando ao contrário (ProStaff).

Posso escolher entre uma que favoreça meus pontos fortes e outra que amenize pontos fracos.

O que posso fazer  também é escolher aquela que facilita meus golpes preferidos e modificar um pouco (ou muito) a técnica dos golpes que ficam pior. Arriscaria trocar meu OHBH pelo DHBH para aproveitar melhor a Pure Drive ? Talvez.

E agora ainda arranjei outra variável: comecei a experimentar a customização com fita de chumbo.

Outro modo de pensar é: se o golpe mais importante do tênis é o saque (especialmente o segundo), devo priorizar uma que o facilite.

No próximo post começo a analisar cada uma das raquetes que citei anteriormente. Vou tentar chegar a uma conclusão sobre a escolha da melhor (para meu jogo).

sábado, 3 de dezembro de 2016

O problema das raquetes I


Certo.  Mais vale Federer com raquete de matar mosquito do que eu jogando com a raquete dele.
Mas porque não escolher uma que me ajude?

Não sou um especialista em raquetes, mas depois de jogar com vários modelos e marcas, cheguei a alguns fatores a considerar ao escolher.

Peso estático/swing weight:
Raquetes leves (abaixo de 300 g de peso estático) x pesadas

Equilíbrio:
Cabeça leve x pesada x equilibrada

Área da cabeça:
Pequena (95 sq.in ou menos) x Média x Oversize (110 sq.in ou mais)

Padrão de encordoamento:
Trama aberta x fechada

Já tive raquete de comprimento maior que o padrão, mas atualmente todas que possuo tem 27 in.
Não dou muita bola para a rigidez das raquetes.

Hoje em dia tenho em casa as seguintes raquetes:

- Wilson BLX Surge
- Wilson Prostaff 6.0 (emprestada do meu primo) - Pete Sampras!
- Babolat Pure Drive GT
- Wilson 6.1 (uma versão antiga e outra mais nova)
- Head Speed Pro Grafeno
- Yonex DR98

Ainda não consegui me decidir por uma em definitivo.

http://www.tennis-warehouse.com/LC/SelectingRacquet.html

O site da Tennis Warehouse tem bastante informação e testes bem detalhados de raquetes.

E você, qual sua raquete e por que a escolheu?


O árduo caminho da evolução.



Como já contei, voltei a jogar tênis há cerca de 4 anos, tendo aulas em uma academia perto de casa.

Depois de um ano de treinos arrisquei jogar o torneio interno da academia, no nível intermediário - perdi no terceiro jogo. Desde então tenho jogado esse mesmo torneio e a cada edição sinto que evoluí um pouco. No último torneio cheguei às semi-finais.

A evolução que percebo ao longo destes anos é mais na consistência, em conseguir manter a troca de bolas. Esta é uma habilidade básica fundamental. Agora eu gostaria de desenvolver outras armas, principalmente para deixar os pontos mais curtos.

Em busca de soluções, visitei uma infinidade de sites e videos em busca de dicas e ideias. Tem bastante coisa interessante no YouTube. Só que a implementação dessas ideias é problemática - algumas são simplesmente ruins, outras são soluções parciais que não corrigem o golpe como um todo. Coisas como mudança de empunhadura, o formato da preparação do FH ou a rotação do tronco no FH.

Ultimamente andei pensando nos meninos que trabalham nas quadras como pegadores de bola e acabam virando rebatedores. Alguns são muito bons, com golpes eficientes. E a maioria não teve grande instrução de professores ou filosofaram profundamente a respeito da pronação do antebraço no saque. Eles simplesmente vão e batem na bolinha. Com força.

Penso que a vantagem deles é começar cedo (não mais meu caso) e ter muito tempo de quadra.
Passar muito tempo praticando, mesmo sem instrução, deve ter seus benefícios - o próprio corpo percebe o que funciona no jogo.

Quanto tempo de quadra é necessário para alcançar a excelência? Malcolm Gladwell tem uma resposta (10.000 horas). Será?



                                                      Artin Elmayan, 95 anos em 2012



Como, onde, quando e com quem jogo?


Como jogo?

Costumo ficar no fundo de quadra, tentando vencer na consistência. Com adversários do meu nível, normalmente é o bastante. Mas sei que este estilo só pode me levar até certo ponto.

FH: empunhadura eastern/semiwestern, spin moderado.
BH: uma mão, slice sendo a primeira opção.
Saque: primeiro e segundo semelhantes, ainda priorizando evitar dupla falta.
Rede: approach com slice de BH, voleio precisa melhorar muito.


Onde e quando?

Tenho aula uma vez por semana em uma academia perto de casa. Em grupo ( é bem mais barato) e com duração de uma hora - mas o professor é gente boa e me deixa continuar a bater bola no horário seguinte.

Nos finais de semana varia. Às vezes jogo no Clube de Campo, no domingo de manhã (vantagem: é vazio, tem quadras vagas; desvantagem: é longe). Outras, num clube de funcionários perto da casa de um amigo (vamos chamá-lo de Doc). Raramente vou ao sítio da família, onde há uma quadra antiga.


Com quem?

Academia: varia. Mas sempre tem algum rebatedor para puxar o treino.
Clube de Campo: com quem estiver por lá. Joguei muito com o Leo (canhoto, veloz e consistente), mas ele anda sumido.
Clube dos funcionários: Doc, meu amigo, também batalhando no nível intermediário.
Sítio: amigos e primos. Meus primos jogavam Federação.

E aí, como você joga?



NTRP e outras letras



National Tennis Rating Program. É uma escala de avaliação de habilidades, usado pela USTA (United States Tennis Association).
Vai de 1.0 a 7.0, de iniciante ao profissional.
Cada classificação tem um conjunto determinado de habilidades.
Atualmente sou um 3.5 (intermediário).
Gostaria de chegar a 4.5 - 5.0.

Segue link:  https://www.usta.com/Adult-Tennis/USTA-League/ntrp/

Abreviações que vou usar nas postagens:

FH: forehand
BH: backhand
OHBH: one handed backhand
DHBH: double handed backhand

A respeito deste Blog



Tênis!

Sempre gostei de esportes e aprendi um pouco de tênis aos 20 anos, jogando com familiares e tendo algumas aulas. Depois passei por um longo período de pouca ou nenhuma atividade. Voltei a treinar há 4 anos.

Atualmente com 45 anos, estou tentando melhorar o nível do meu jogo de tênis (NTRP 3.5). Não dá para dizer que sou especialmente talentoso, naturalmente hábil com a raquete ou fisicamente favorecido (1,68 m, pouca massa muscular). Tenho progredido muito lentamente e de modo errático.

O Blog é sobre tênis, em particular sobre o que tenho planejado e feito para melhorar, otimizando meus recursos - tempo, disposição física e dinheiro.


Obs.: Comentários são bem vindos, desde que relacionados a assuntos dos posts ou pertinentes à comunidade de praticantes do tênis.
     
         Não sou proprietário da maior parte das imagens utilizadas (as de raquetes no entanto são minhas). Havendo conflito, peço que me avisem e eu deixo de utilizá-las.